Pois bem. Um amontoado de coisas ruins acontece todos os
anos. Esse, que não está sendo diferente, está exigindo mais de mim. “Vamos
Lucas, exerce esse teu juízo crítico e teu poder seletivo”. Todo semestre peço
para alguma força me ajudar a passar os dias tranquilamente. Não peço ouro nem
prata. Peço que o tempo escorregue entre as datas comemorativas e férias (Que
não significam muita coisa para mim) e me possibilite ficar com a mente imersa
em algumas fotografias, filmes, acordes desconexos de um violão, varanda, fim
de tarde... Só pensando em detalhes que passam despercebidos pelo olhar das
pessoas que convivo. Isso é certeza. Mas ao mesmo tempo penso que isso é culpa
da minha inércia parcial diante de algumas situações. É aquela velha sensação
um tanto que masoquista de que só conseguimos aprender mais se errarmos. Isso é
idiotice e eu estou no processo de desidiotização. Estava demorando, mas agora
acho que isso está avançando a passos largos. Arrisco-me a dizer que seria como
Usain Bolt percorrendo o seu sexto segundo nos 100 metros em Pequim.
Uma das coisas que mais me distrai e atrai é observar tudo.
Coisas e pessoas. Algumas são tão incríveis em suas características e atitudes
(Sejam elas dirigidas ao cúmulo do egocentrismo ou do altruísmo) que nem
precisam de um esforço maior para torna-las interessantes. Apenas observo e
procuro entender o porquê da situação e posteriormente elaboro um pequeno
dossiê de cada um e apresento-os a mim mesmo. Alguns me incomodam por achar que
todos os outros têm que agir como eles. Outros me fazem rir por se importarem
tanto com situações pequenas. Mas ai eu estaria sendo controverso, logo eu que
digo que tudo é relativo. O importante para mim pode não ser o importante para
os que fazem analogias com as curtidas de facebook. Mas... Quem se importa? E
quem não é ou já foi controverso alguma vez? Que seja, mas seja com limites. Eu
já “paguei o pato”, e ainda pago, por ser uma pessoa que mais ouve e observa do
que fala. Já perdi várias oportunidades de estar com a razão. Já perdi a
oportunidade de contestar. Já perdi a oportunidade de defender quem estava
certo e me arrependo disso. Já me disseram que eu não seria nada sem minha
criatividade e já disseram que eu não a possuo. Por isso já estava na hora de
falar um pouco e responder as coisas por mim.
Não sei se esse recomeço em palavras ficou bom, mas eu
estava com vontade de fazer isso justamente por causa das circunstâncias que me
fazem pensar mais no presente. Não sei qual tipo de conteúdo irá aparecer por
aqui a partir de agora, mas acho que será o que me interessar. Espero que
consiga escrever algo mórbido e/ou sarcástico. Talvez eu escreva ou coloque
algo que não faça muito sentido, então invente ou interprete do jeito que lhe
for conveniente. Desculpe pelos períodos curtos. Agradecido.
2 comentários:
Lhucas, também me distraio muito observando. Poder ler impressões de observações alheias - sobre o que quer que seja - me é extremamente proveitoso. As suas são especialmente bacanas. Continue falando, pra você mesmo e pra nós, porque sei que vem coisa boa por aí. ;)
Mabel, eu logo descubro quem são esses observadores. Acho que quem é observador tem um detector para situações futuras(Estou errado?). hahahah. Vlw, até agora não pretendo parar.
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