Central Elétrica de Battersea


Os fãs dos Pink Floyd reconhecerão esta imagem num instante: é a célebre capa do álbum Animals. A foto foi tirada em Dezembro de 1976 na central eléctrica de Battersea, em Londres, e, se estão recordados, um gigantesco porco cor de rosa fazia parte da imagem. O bicho era na verdade um balão cheio de hélio amarrado a uma das chaminés do edifício para e protagonizou um episódio rocambolesco. Pouco após a tomada da fotografia a corda que o segurava soltou-se e o porco andou à deriva pelos céus da cidade, perseguido pelos helicópteros da polícia até ser detido em Kent, causando perplexidade em alguns pilotos de aviões. O álbum foi lançado em Janeiro de 1977, imortalizando a famosa fotografia.

Não se sabe se o porco ficou detido ou se foi posteriormente libertado, para fins publicitários. Quanto à central eléctrica, foi desactivada em 1983 e deixada ao abandono. É pena, pois é um notável exemplar de arquitectura industrial projectado em 1930 por Giles Gilbert Scott e Theo Halliday e o maior edifício em tijolo da Europa. As chaminés que lhe conferem a sua imagem inconfundível foram construídas em várias fases e a última delas ficou concluída somente em 1955.


Atualmente, em estado de degradação avançado, a central apenas é utilizada ocasionalmente em eventos artísticos ou espectáculos. Em 2006 esteve patente uma exposição de arte chinesa que aí deixou alguns vestígios, entre os quais um tanque de guerra. São desta altura as fotografias que aqui podem ver, da autoria do fotógrafo britânico Mark Obstfeld.

Mas o imponente edifício teve mais aparecimentos mediáticos, nomeadamente no cinema: Sabotage, de Alfred Hitchcock, Help, de Richard Lester (com os Beatles como protagonistas) e ainda Full Metal Jacket, de Stanley Kubrick. Neste último filme diversas cenas foram rodadas no interior do edifício.







...(X)...

Os acontecimentos pedem medidas drásticas e por isso estou retomando o poder.

"Também não sei quando estarei disposto a postar algo."

Essa frase foi copiada do meu primeiro post aqui no blog...
Disposição. Era isso que faltAVA. Essa é a palavra certa.

"Agora abunda o que me era escasso".

P.S.: Peço desculpas pela ambiguidade e cacofonia.

Até mais...

O Futuro dos Jogos de Tabuleiro

Uma nova tecnologia desenvolvida na Universidade Queens, no Canadá, pretende mudar os tradicionais jogos de tabuleiro.

À primeira vista, os simples hexágonos de cartolina não parecem capazes de muito, mas basta ligar o projetor conectado à uma câmera e um PC para que eles se transformem em um tabuleiro interativo.

Os usuários podem juntar peças, “derramar”uma imagem de um hexágono para o outro, girar a projeção para ter visão de todos os ângulos de um objeto ou controlar, por exemplo, o “ataque” de um exército pelo toque na cartolina.

O projeto pode ser adaptado a diversos tipos de jogos, e foi apresentado em uma conferência no MIT. Veja abaixo o vídeo mostrando seu funcionamento:

Sweet Dreams - Eurythmics X Marilyn Manson

Desde o post onde comparei a versão de Hallelujah de Leonard Cohen e Jeff Buckley fiquei com vontade de fazer um tipo de "série" comparando algumas músicas originais e suas versões. Então, resolvi dar continuidade. Vou postando conforme for lembrando das versões.

"Estava eu, em um aniversário e a aniversariante gostava de Marilyn Manson. Começou a tocar uma música e depois de algum tempo eu percebo que na verdade era um cover do Eurythmics (o qual eu não sabia o nome da banda, mas lembrava o nome da cantora - Anne Lenox - que também fez a trilha sonora da trilogia "O Senhor dos Anéis"). Aí ela chega toda animada e fala:
- Essa é a melhor música dele e a que eu mais gosto!
Aí eu falo:
- Não é dele, é um cover.
- Mentira!
- Verdade.
- MENTIRA!
- Verdade.
Depois ela parou e ficou uma boa parte da noite indignada pela música não ser do seu "ídolo". E só se convenceu quando eu mostrei no fim da festa o vídeo no youtube da versão original e da cover."

P.S. (MUITO IMPORTANTE): Não quer dizer que tudo que eu coloco no blog faz parte do meu gosto musical.



Olhar cinematográfico para o Super Bowl

Contrariando todos os prognósticos dos especialistas norte-americanos, o New Orleans Saints conquistou neste domingo o título do Super Bowl ao derrotar de virada o Indianapolis Colts por 31 a 17, no Sun Life Stadium, em Miami.

Foi mais uma edição do evento esportivo mais popular dos Estados Unidos, o que, consequentemente, o torna uma das mídias mais caras do planeta. Para se ter uma ideia, um anúncio de trinta segundos custou a bagatela de US$ 3 milhões!

Imagine então se um evento tão grandioso assim fosse dirigido. Isso mesmo, imagine a final do futebol americano dirigida não por um qualquer, obviamente, mas por grandes nomes do cinema. Um Quentin Tarantino, um David Lynch ou mesmo um Godard... Ok, pare de imaginar então, até porque já fizeram isso por nós, e se delicie com o vídeo abaixo produzido pelo Slate V. Genial!

Os Heróis da (na) História

Agan Harahap é um fotógrafo e ilustrador que, nas horas vagas, reescreve a História inserindo digitalmente super-heróis e vilões em fotos icônicas do século XX.









Mashups de Filmes










Arcade Fire e o Haiti


O grupo, que há muito preza pelo país caribenho
recém-atingido por um terremoto, escreve em seu site sobre a tragédia no Haiti:

Friends,
Haiti needs your help in her darkest hour.
We just got off the phone with our friends at Partners in Health.
Most of the medical infrastructure in Port-au-Prince is down.
Since Partners in Health’s clinics are in situated the surrounding areas and haven’t been damaged, they are mobilizing their resources towards the capital, setting-up field hospitals to treat the injured on the ground.
Also, Paul Farmer (the founder of PIH) is at the UN and has access to the best information on where to direct the money… so for the moment if you want to help, we suggest sending funds to: www.pih.org
+ donate.pih.org/page/contribute/haiti_earthquake?source=earthquake&subsource=homepage
Please be generous as time is of the essence.
love,
Win and Regine
p.s.
these photos convey some of what is going on:
+ www.boston.com/bigpicture/2010/01/earthquake_in_haiti.html

Lost Generation

Segundo a Wikipedia, um palíndromo é uma palavra, frase ou qualquer outra sequência que tenha a propriedade de poder ser lida tanto da direita para a esquerda como da esquerda para a direita.

Quando bem estruturado, o efeito pode ser considerado devastador, daqueles de deixar todo mundo de boca aberta. Caso deste vídeo, recentemente premiado no U at 50 Challenge, um concurso promovido pela AARP (Associação Americana de Pessoas Aposentadas), cujo propósito é estimular jovens de até 20 anos a criar projetos multimídia sobre como se veem com 50 anos.

Them Crooked Vultures

Ouvindo o álbum de estréia do Them Crooked Vultures, supergrupo que reúne Dave Grohl na bateria, o clássico baixista do Led Zeppelin John Paul Jones e o líder do Queens Of The Stone Age Josh Homme nos vocais e guitarra, ouço muito mais a presença do vocalista do que dos outros. Mas isso está longe de ser uma coisa ruim. Josh Homme consegue roubar a cena de qualquer projeto que participe, com sua guitarra sincopada, sua voz meio desencanada e melodias que dão abertura para ótimas linhas de bateria e baixo. E com os integrantes que o TCV tem, não tem como não sair coisa boa!

O grupo soa como um QOTSA mais comportado, melodioso, mas não menos pesado e criativo. Em alguns momentos, é possível ouvir a influência de John Paul Jones (que toca, além do baixo, teclados, slide guitar e keytar), com aquelas viagens típicas de sua ex-banda. Dave Grohl, como um ótimo músico, consegue seguir todas as idéias e mantém uma originalidade em sua técnica de bateria que faz referencias e inovações ao mesmo tempo.

Ebene Quartet tocando Misirlou

Quando fui buscar mais informações sobre a música Misirlou, famosa por ter sido utilizada por Quentin Tarantino em Pulp Ficton, descobri algumas coisas bacanas. A música, escolhida como tema pelo comitê organizador das Olimpíadas de Atenas em 2004 por ser a música grega mais influente de todos os tempos, foi gravada por várias bandas de rock e é também tema do Guitar Hero III. Vale a pena conferir esta versão tocada pelo Ebene Quartet (Quatuor Ebène):

The Pale Blue Dot

Uma emocionante mensagem de Carl Sagan para começar o ano com a noção de que não passamos de habitantes de um pixel azul no universo. De arrepiar.

Jerry N. Uelsmann - Fotografia Surrealista

É difícil identificar a dimensão da arte fotográfica de Jerry Uelsmann, porém, por qualquer lado que olhemos, independente de nossas ideias preconcebidas sobre fotografia, está claro que esse fotógrafo norte-americano, nascido em Detroit, é um gênio. Até seus mais duros e históricos críticos já perceberam e aceitam que Uelsmann é uma lenda, e fez escola na fotografia. O surrealismo de suas fotos se distingue há décadas pela complexidade e inventividade poética. Os efeitos extraordinários que o autor tira de suas composições, tidas no início como mera colagem, são hoje copiados, estudados, clonados e admirados no mundo inteiro.

Hilton Kramer, um dos mais célebres críticos vivos de arte, autor de vários livros (“Abstraction And Empathy”, “Abstract Expressionism”, “Triumph Of Modernism”, etc.), escreveu sobre Uelsmann em 1975: “ele possui total domínio técnico… perfeita confiança… com inspiradas energias da imaginação”. Lembrando que na década de 70 a fotografia digital era coisa de cientista, ou acadêmico, ou louco, e tudo se produzia nos laboratórios escuros e solitários do fotógrafo, sem ajuda de softwares, ou programação ou de qualquer outra “entidade” tecno-digital.

Uelsmann iniciou os estudos em fotografia no Rochester Institute of Technology, passando pela Universidade de Indiana, em 1958, onde tirou seu mestrado em Belas Artes, ocasião em que foi aluno de outra lenda da fotografia, Henry Holmes Smith (1909-1986). Suas primeiras fotos foram publicadas na revista Popular Photography’s, em 1957. Em 67 recebeu uma bolsa da Fundação Guggenheim para explorar as possibilidades da combinação de negativos. Daí para frente sua arte explodiu, e logo foi reconhecido como um dos mais importantes fotógrafos do modernismo. Seu trabalho está presente em galerias como a George Eastman House, no National Museum Modern Art (Kyoto, Japão), na Australia National Gallery, etc.

Autor de vários livros e monografias, como “Uelsmann Yosemite” (1996), “Other Realities” (2005), dentre outros, em 2010 a expectativa fica por conta do lançamento da obra “The Mind’s Eye by Jerry Uelsmann”, uma edição limitada dos seus 50 anos de fotografia, incluindo 150 imagens de várias coleções espalhadas em museus e coleções particulares. O fotógrafo lecionou durante muitos anos na Universidade da Flórida e só se aposentou recentemente.

O trabalho de Uelsmann tem como núcleo a ideia
de que uma imagem fotográfica não precisa estar
necessariamente amarrada a um único “negativo”, podendo ser ela resultado da composição de vários deles (Uelsmann chegou a usar mais de uma dezena na mesma imagem). Com isso a fotografia se desgarra da realidade e segue rumo ao imaginário do artista, buscando, no caso de Uelsmann, o fantástico, o inesperado, o surreal, o misterioso, o lírico, a ambivalência, a onipresença. Hoje, com os recursos digitais, muitos fazem o que esse gênio fazia há décadas, quando passava horas, dias, dentro de uma câmara escura.

Serão postadas, aqui no blog, algumas fotos do J. Uelsmann. Esta é a 1º parte (Early):